Teresina entrou para o Índice das Cidades Empreendedoras (ICE) – Brasil 2015, através do estudo produzido pelo Instituto Empreender Endeavor – organização responsável por identificar e viabilizar a continuidade sustentada dos negócios de empreendedores de alto potencial de crescimento.
Pela primeira vez, em sua segunda edição, o ICE mostra os potenciais e desafios de Teresina, que ficou em 31º lugar no ranking. A cidade de São Paulo alcançou a primeira colocação no Índice de Cidades Empreendedoras 2015 (ICE), seguida por Florianópolis (SC), Vitória (ES) e Recife (PE).
No potencial empreendedor, que mensurou o quão empreendedora é a população da cidade e o tamanho do impacto que ela pode gerar, Teresina ficou acima de cidades como Curitiba, Brasília, Porto Alegre com índice de proatividade em 30,4. Em imagem do empreendedorismo, a cidade ficou em 1º lugar.
De acordo ainda com a pesquisa, Teresina registra uma imagem do empreendedorismo muito favorável em diversos pontos. Mais da metade dos entrevistados (51,6%) disse que “costuma ver exemplos de empreendedores na mídia” – a taxa mais alta entre as analisadas, cuja média é 40,1%.
O estudo avaliou 32 cidades brasileiras com base em sete grupos de indicadores: ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso a capital, inovação, capital humano e cultura empreendedora. As cidades avaliadas pertencem a 22 estados da federação, com exceção da região Norte, onde são analisadas apenas Belém e Manaus, todos os estados das demais regiões foram representados ao menos por suas capitais. Além da maior abrangência geográfica, juntas essas cidades representam também mais de 41% das Scale-ups do país, e cerca de 37% do PIB nacional.
Mesmo com todas as dificuldades, o Nordeste é a região que apresenta a cultura empreendedora mais forte, e Teresina se destacou em 3º lugar neste ranking. Para tanto, foi desenvolvido um questionário, o Teste Meta, que já foi aplicado em mais de 100 mil pessoas ao redor do mundo, inclusive na capital piauiense.
Natal, Teresina e Maringá são os destaques do pilar de cultura. As três cidades estão entre as primeira posições do sub determinante de potencial para empreender com alto impacto. Inseridos no critério Cultura Empreendedora, dois pontos foram analisados: Potencial Empreendedor e Imagem do Empreendedorismo.
Desafios
Nos critérios de Ambiente Regulatório e Infraestrutura, em que Teresina apareceu com déficits, as ações implantadas pela Prefeitura através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SEMDEC), já estão sendo executadas para superar expectativas nas próximas pesquisas.
No Ambiente Regulatório, destacam-se como medidas já em execução, a validação da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e Legalização de Empresas e Negócios – Rede Sim; e o projeto de Lei da Micro e Pequena Empresa, que vai beneficiar na desburocratização da abertura de empresas. Já na Infraestrutura, a Prefeitura está trabalhando na melhoria das vias urbanas, ampliação da rede de cabo lógico e na criação do Porto Seco, em parceria com o Governo do Estado.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SEMDEC), Fábio Nery, a meta é que até a próxima pesquisa possamos melhorar no ranking, uma vez que, as referidas medidas já estão em execução.
Importância
Inserida no Índice de Cidades Empreendedoras, grandes investidores podem ter acesso as vantagens e desvantagens de se investir em determina região citada no ICE. As grandes empresas recorrem a estudos como este, e Teresina tem suas chances ampliadas para o receber mais empresas e grandes investimentos.
O Economista e Gerente de Micro e Pequenas Empresas da SEMDEC, Fábio Alves Camelo, analisou os dados e acompanhou a pesquisa.
“Temos mais essa opção, como uma espécie de janela, para sermos visto pelos investidores. Teresina se destaca também pelo o esforço da Prefeitura na melhoria das suas leis que dispõe de incentivos e benefícios fiscais às empresas, além de pessoas capacitadas para atuar em diversas atividades”, avaliou.
O gestor responsável por grande parte das articulações de melhorias nas leis que beneficiam empresas e geram mais empregos, o secretário da SEMDEC, Fábio Nery, ficou otimista com a pesquisa, embora ainda a cidade apareça em posições pouco favoráveis.
“Na primeira pesquisa Teresina não aparecia, e já estava bem a frente de muitas cidades que foram citadas lá. Esse foi o nosso primeiro grande passo, estar presente entre as cidades empreendedoras do país. O segundo passo é sermos visto, o ICE é uma vitrine para os economistas e investidores”, disse Nery. “Vamos continuar trabalhando para termos mais resultados e progressão de investimentos na nossa capital”, concluiu.
Além da Endeavor, estão envolvidos no estudo as empresas EY (antiga Ernst & Young), Meta, Opinion Box, SEDI e Spectra Investimentos.